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Mostrando postagens de março, 2022

Nota biográfica: Cônego Mathias Freire

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  Nasceu em Ponta de Campina, do então Município de Mamanguape, hoje de Rio Tinto, aos 21 de agosto de 1882. Filho de Flávio da Silva Freire e Ana Leal Freire, sendo neto de Flávio Clementino da Silva Freire, o Barão de Mamanguape, antigo Presidente da Província e sobrinho, pelo lado materno, do Monsenhor Walfredo dos Santos Leal, ex-Senador e ex-Presidente do Estado. Matriculado, em 1895, no Seminário Diocesano da Paraíba, ali fez todo o curso eclesiástico, ordenando-se Sacerdote na Capela do Palácio Arquiepiscopal do Recife, pelo então Bispo da Paraíba, Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, aos 24 de fevereiro de 1905. Foi coadjutor das paróquias de Guarabira e da Catedral. Capelão de Cabedelo e do Hospital Santa Isabel e Cura da Sé e Vigário das Neves (Catedral). Professor dos Colégios Diocesano Pio X, Escola Normal Oficial e Liceu Paraibano exercendo a Diretoria dos dois últimos. Eleito Deputado Estadual de 1908 a 1915, em 1912 tornou-se Presidente da Assembleia Legislativa. Em

Nota biográfica: Dom Joaquim Antônio de Almeida

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  Dom Joaquim Antônio de Almeida (1868-1947) nasceu em 17 de agosto de 1868, no município de Goianinha, Rio Grande do Norte. Faleceu no dia 30 de março de 1947, em Macaíba. Diretor espiritual do seminário diocesano da Paraíba (1894-1897); Reitor do seminário diocesano da Paraíba (1898-1905); Colaborador do jornal católico diocesano “A Imprensa”; Professor de geografia, escritura, liturgia, eloquência sagrada, teologia moral e canto gregoriano. Primeiro bispo saído do clero paraibano, foi elevado ao episcopado no dia 4 de fevereiro, na Catedral de Nossa Senhora das Neves, pelas mãos do então Núncio Apostólico D. Júlio Tonti (1844-1918), Arcebispo titular de Ancira e assistido pelos Bispos da Paraíba, D. Adauto Aurélio de Miranda Henriques, de Olinda, D. Luiz Raimundo da Silva Brito, e de Alagoas, D. Antônio Brandão. Lema Episcopal: Incruce vita (a vida está na cruz) Primeiro Bispo do Piauí (1906-1911); Primeiro Bispo de Natal (1911-1915); Bispo titular de Laria (1915-1947). Deixou prema

Carta coletiva do episcopado mineiro sobre o pleito eleitoral de 1910

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O depósito sagrado da Fé Católica, que herdamos dos nossos maiores, acha-se ameaçado pela guerra infrene que os inimigos de Deus tem violentamente desencadeado na imprensa, nos comícios públicos, nas tribunas parlamentares, nas conversações, enfim, em parte e por todos os meios a seu alcance. Em fileiras cerradas se unem livres-pensadores, protestantes, maçons, positivistas, ateus, para um combate de morte à Igreja Católica, que civilizou nossos silvícolas, batizou nossa nacionalidade e fez crescer, circundado de respeito entre as outras nações do Novo Mundo, o gigante que é o Brasil. A guerra do extermínio a que nos referimos toma as proporções de perigo tão vasto e calamitoso, que seríamos tentados de desalento, se não tivéssemos a certeza da origem divina da Nossa Santa Religião, contra a qual não prevalecerão as portas do inferno. Nos antros tenebrosos da maçonaria espalhada largamente pelo mundo, preparam os projetos de perseguição, que são depois convertidos em leis pelos represe

Saudações à Nossa Senhora de Fátima

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Sede benvinda, Nossa Senhora de Fátima, excelsa portadora, nesta hora de penúria e desassossego dos povos, de uma exortação de fé que é o bálsamo infalível dos espíritos. Conheceis, ó Santa Peregrina, os caminhos do mundo. Vindes percorrendo um mundo que se esgota e apavora. Que tem fome e tem medo. A terra exausta já não dá o que comer. E domina, por toda parte, o terror da ruína total, do sacrifício das gerações que, antes de se curarem das últimas feridas, ainda cobertas de cicatrizes, pressentem a aproximação de outras catástrofes. Invade os corações o pânico de outras guerras, de outras convulsões, de outras sangueiras. Escuta-se o tropel das arremetidas carniceiras que deixaram uma herança de maus instintos para instrumento de novas devastações. O futuro que era o aceno promissor, o convite de dias melhores, o alvo das esperanças mais esquivas passou a ser o pavor do desconhecido, o caos em que todas as ilusões poderão abismar-se. Tudo marcha palmilhando um campo de vulcões adorm

Nota biográfica: José Américo de Almeida

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  José Américo de Almeida (1887-1980) nasceu em 10 de janeiro de 1887, no município de Areia, Parahyba do Norte. Faleceu no dia 10 de março de 1980, em João Pessoa, Paraíba. Promotor Público de Sousa, Procurador-Geral da Paraíba (11 anos), Secretário-Geral da Paraíba, Secretário do Interior e Justiça da Paraíba, Chefe Civil da Revolução de 1930 para o Norte e Nordeste, Interventor Federal na Paraíba (1930).  Ministro da Viação e Obras Públicas (1930-1934, 1953-1954), candidato a Presidente da República (1937), Ministro do Tribunal de Contas da União (1935-1947), Senador da República (1935, 1947-1951), Presidente Nacional da UDN, Governador da Paraíba (1951-1956). Reitor da Universidade Federal da Paraíba (1956-1957), quinto ocupante da Cadeira 38 da Academia Brasileira de Letras (1966), Membro da Academia Paraibana de Letras (1965). Obras publicadas por José Américo de Almeida:  “Reflexões de uma Cabra” (1922), “A Paraíba e seus Problemas” (1923), “A Bagaceira” (1928), “O Ministério da

Discurso na solenidade de reposição da imagem Cristo crucificado no tribunal do Júri da Paraíba

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Quanta vez o tribunal do júri tem sido o balcão, onde tine a moeda da venalidade! Quanta vez a balança da justiça tem servido para pesar graças e privilégios pessoais! Quanta vez se tem feito entre os jurados a cabala das forças eleitorais! Quanta vez a passividade dos poltrões e dos aduladores tem feito suas mesuras aqui dentro! Quanta vez, finalmente, a espada da lei tem sido o cutelo da inocência imolada! Qualquer que seja o critério da pena na diversidade das escolas ‒ a liberdade moral, a defesa social, a coação psicológica ‒ o conceito de justiça é sempre uma emanação ética.  Mas entre todos os sistemas filosóficos e entre as diversas religiões não sabemos de mais sólida justiça do que aquela que propõe Jesus de Nazaré, vítima da mais clamorosa iniquidade humana que nunca se viu!  A escola jônica, conceituando a justiça como “a emanação daquele elemento de ordem que mantém a harmonia universal;” a escola eleática, como a “necessidade superior à ordem física, que torna impossíveis

Excertos da primeira carta pastoral de Dom Vital

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Porém o amor que emana de cada frase, de cada palavra do Evangelho restabelecera o equilíbrio entre as diferentes partes desse todo, cuja decomposição era iminente, e as reatara umas às outras.  A caridade do nosso adorável Salvador, dissolvendo todos os elementos de discórdia, vinculara de tal forma entre si os indivíduos, as classes, os povos, as nações, que erguera-se do caos da universal confusão uma só família, inumerável, mas unida pelos laços do amor, sentindo as pulsações de um só coração, as aspirações de uma só alma, e vivendo como um imenso rebanho, debaixo do cajado de um só pastor.  Munidos tão somente da caridade de Jesus Cristo, arma na aparência sobremaneira fraca, venceram os Apóstolos todos os óbices e realizam os planos da economia divina.  Quis dest'arte a Divina Providência não só revelar o poder misterioso e irresistível da caridade, mais forte que a própria morte, senão também ensinar-nos que só com ela nós e vós, Veneráveis Irmãos, lograremos remover os obst