Nota biográfica: Cônego Mathias Freire

 

Nasceu em Ponta de Campina, do então Município de Mamanguape, hoje de Rio Tinto, aos 21 de agosto de 1882.

Filho de Flávio da Silva Freire e Ana Leal Freire, sendo neto de Flávio Clementino da Silva Freire, o Barão de Mamanguape, antigo Presidente da Província e sobrinho, pelo lado materno, do Monsenhor Walfredo dos Santos Leal, ex-Senador e ex-Presidente do Estado.

Matriculado, em 1895, no Seminário Diocesano da Paraíba, ali fez todo o curso eclesiástico, ordenando-se Sacerdote na Capela do Palácio Arquiepiscopal do Recife, pelo então Bispo da Paraíba, Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, aos 24 de fevereiro de 1905.

Foi coadjutor das paróquias de Guarabira e da Catedral. Capelão de Cabedelo e do Hospital Santa Isabel e Cura da Sé e Vigário das Neves (Catedral).

Professor dos Colégios Diocesano Pio X, Escola Normal Oficial e Liceu Paraibano exercendo a Diretoria dos dois últimos.

Eleito Deputado Estadual de 1908 a 1915, em 1912 tornou-se Presidente da Assembleia Legislativa. Em 21 de fevereiro de 1918, por provisão do Arcebispo Dom Adauto, foi elevado a Cônego honorário do Cabido Metropolitano. Exerceu a Deputação Federal de 1935 a 1937, quando foi dissolvido o Congresso Nacional com o golpe do Estado Novo. Revolucionário em 1930, foi comissionado no posto de Major do Exército.

Como jornalista, tornou-se Redator de “A Imprensa” e da “A União”, e do “Diário do Estado” e Diretor do “Correio da Manhã”.

Sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, foi ainda um dos fundadores da Academia Paraibana de Letras, ocupando a Cadeira nº 26, cujo patrono é o Padre Inácio Rolim.

Poeta, deixou inúmeras produções literárias em jornais e revistas locais.

Faleceu em João Pessoa, a 30 de março de 1947.

Cônego Eurivaldo Caldas Tavares, “Mathias Freire”, pág. 5-6

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