Carta pastoral de Dom Joaquim Arcoverde sobre a solene homenagem a Jesus Cristo e a seu Vigário, no fim do século XIX e começo do século XX
De sorte que Jesus Cristo apresenta-se-nos como o centro de todos os destinos humanos e a base da verdadeira felicidade social. É o Rei, não só do céu, mas também da terra. Quem poderá portanto negar que Jesus Cristo seja o Soberano das nações, assim como o é dos indivíduos? Sendo ele Deus, como deve confessá-lo todo o homem que vem a este mundo, é evidente que sua autoridade e seu poder estende-se a tudo quanto existe; pois a soberania absoluta e ilimitada é um atributo necessário e essencial da divindade. Ele criou todas as coisas, tirou do nada a humana linhagem, e impôs-lhe necessidades que somente na sociedade doméstica e na sociedade civil se podem satisfazer. A Deus, pois, autor das leis sociais, que criou o homem para a vida social, está subordinado o homem social e não somente o indivíduo. Logo, a autoridade de Deus criador estende-se aos indivíduos, às famílias e às sociedades civis. E para negar-se a soberania de Deus e de Nosso Senhor Jesus Cristo sobre as nações e seus g