Nota biográfica: Dom Joaquim Antônio de Almeida

 

Dom Joaquim Antônio de Almeida (1868-1947) nasceu em 17 de agosto de 1868, no município de Goianinha, Rio Grande do Norte. Faleceu no dia 30 de março de 1947, em Macaíba.

Diretor espiritual do seminário diocesano da Paraíba (1894-1897); Reitor do seminário diocesano da Paraíba (1898-1905); Colaborador do jornal católico diocesano “A Imprensa”; Professor de geografia, escritura, liturgia, eloquência sagrada, teologia moral e canto gregoriano.

Primeiro bispo saído do clero paraibano, foi elevado ao episcopado no dia 4 de fevereiro, na Catedral de Nossa Senhora das Neves, pelas mãos do então Núncio Apostólico D. Júlio Tonti (1844-1918), Arcebispo titular de Ancira e assistido pelos Bispos da Paraíba, D. Adauto Aurélio de Miranda Henriques, de Olinda, D. Luiz Raimundo da Silva Brito, e de Alagoas, D. Antônio Brandão.

Lema Episcopal: Incruce vita (a vida está na cruz)

Primeiro Bispo do Piauí (1906-1911); Primeiro Bispo de Natal (1911-1915); Bispo titular de Laria (1915-1947). Deixou prematuramente a recém-criada Diocese de Natal por motivos de saúde.

Na Diocese do Piauí:

Fundou o colégio do Sagrado Coração de Maria, em Teresina e outro no município de Parnaíba; Fez visitas pastorais em toda a extensão da sua diocese; Criou paróquias; Fundou o seminário diocesano; Fundou o jornal “O Apóstolo” para defender a doutrina católica.

Na Diocese de Natal:

Fundou o seminário diocesano; Ordenou nove sacerdotes; fez visitas pastorais em todas as paróquias da diocese; Criou a paróquia de Taipu; Entregou o Colégio Diocesano Santo Antônio à direção dos padres da Sagrada Família e o Santa Luzia, de Mossoró, aos franciscanos vindos de Portugal.

Alguns excertos de Dom Joaquim:

“O clero e os católicos devem negar o voto a quem quer que seja candidato da maçonaria.

Aquele que aspirar o apoio dos católicos tem que protestar expressamente contra toda acusação que lhe atribua ligações com a seita maçônica.” (O Apóstolo, 20 de fevereiro de 1910)

Hino à Dom Joaquim de Almeida, o apóstolo, órgão oficial da Diocese:

Chovam bençãos do céu, neste instante,

Ao pastor que nos guia e conduz,

Como estrela fulgurante

Ao Sagrado redil de Jesus!


Como é doce saudar neste dia,

Entre hosanas de amor mais ardente.

Ao que traz numa aureola fulgente,

O motivo da nossa alegria!

Nós que somos os crentes que temos

As doutrinas da fé mais sublime,

Jubilosos e alegres, saudemos

Ao pastor que nos une e redime.

Estas flores nascidas nos prados,

Ostentando o seu viço e vigor,

Também cantam uns hinos sagrados

Do teu nome bendito em louvor!

Sursum Corda! saudemos a quem

Na seara de Deus sempre eterna,

Vem trazer-nos a benção paterna

E plantar a semente do bem!

Felipe Matheus dos Santos Silvestre, graduando em História pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Nota biográfica: José Américo de Almeida

Carta pastoral de Dom Joaquim Arcoverde sobre a solene homenagem a Jesus Cristo e a seu Vigário, no fim do século XIX e começo do século XX

Carta coletiva do episcopado mineiro sobre o pleito eleitoral de 1910